Mostra apresenta filmes inéditos de James Dean

Em cartaz no Rio de Janeiro, a mostra apresenta uma retrospectiva da breve carreira de James Dean, apresentando tanto os filmes que consagraram o ator quanto produções inéditas e documentários sobre ele

Estreou na última terça-feira, no Rio de Janeiro, uma nova retrospectiva de filmes apresentando produções consagradas e inéditas do ator hollywoodiano morto aos 24 anos.

Entre os filmes mais notórios de James Dean, estão os clássicos, Vidas amargas e Juventude transviada, ambos de 1955 e Assim caminha a humanidade, do ano seguinte. Além desses, porém, a mostra inclui também 13 telefilmes pouco conhecidos do ator, realizados por ele no início da carreira, entre 1951 e 1955; além de outros 12 documentários que destacam detalhes da vida pessoal, da personalidade e o que há por trás da grande fama que James Dean adquiriu nos Estados Unidos em sua época. Tanto os telefilmes quanto os documentários são em sua maioria inéditos para o público brasileiro.

James Dean se tornou um dos nomes mais populares de Hollywood quando tinha apenas 23 anos. Nas telas, Dean ajudou a dar notoriedade ao tema da insatisfação de uma juventude da década de 1950 em um momento em que cada vez mais ela manifestava sua oposição ao conservadorismo e à mediocridade do “modo de vida americano”, revolta expressa na forma de um estilo de vida desregrado, impulsivo e violento. Uma juventude que, por pertencer a uma classe média, e não à classe operária, a direita norte-americana apelidou maliciosamente de “rebeldes sem causa”.

Os anos de 1955 e 1956, quando foram realizados os grandes filmes de James Dean, marcavam um momento de virada geral na situação política norte-americana, quando o descontentamento social latente começava a explodir na forma de grandes ondas de rebelião social, partindo em primeiro lugar do movimento negro, mas também, em grande medida, também da juventude que ficou eternizada no filme Juventude transviada.

Outros atores da geração de James Dean viveram também o papel do jovem rebelde no cinema, mas, entre o público, Dean parecia personificar melhor do que todos, esse tipo também em sua própria vida pessoal. Ele mesmo era parte daquela ‘juventude transviada’. Com sua morte precoce em um acidente de automóvel, ele acabaria por se transformar em um símbolo desse jovem rebelde dos “anos dourados” nos Estados Unidos. Jovem que expressava sua revolta política de uma maneira ainda embrionária.

Por esse motivo, tem bastante relevância também os documentários presentes na mostra, analisando diferentes aspectos da vida de James Dean.
No filme, James Dean: Born Cool, o diretor narra toda a juventude de James Dean, desde a adolescência rebelde até ele se tornar um ator famoso de Hollywood.
 Em James Dean At High Speed, a produção se concentra na paixão do ator pelas corridas de automóvel, da adolescência à idade adulta.

Em outro documentário, Great Romances of the 20th Century: James Dean and Pier Angeli, a narrativa se concentra no namoro de Dean com a atriz italiana Pier Angeli, uma produção curiosa que revela a pressão conservadora da família da garota contrária ao romance dela com aquele ícone da revolta juvenil.

Além desses documentários há também produções como James Dean: Memórias de um Rebelde, James Dean: Eternamente Jovem e A História de James Dean, que narram também de diferentes maneiras a maneira como Dean se tornou uma figura tão representativa da cultura norte-americana do período.

A mostra James Dean: eternamente jovem, está sendo exibida no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio. Iniciada na última terça-feira, ela se estenderá até o dia 23 de setembro. Clique aqui e veja a programação completa dos filmes.

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