terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pintura simbolista e a literatura negra da Renascença do Harlem no Caderno de Cultura da próxima semana

14 de outubro de 2011 

No próximo número de Causa Operária que irá às bancas a partir do próximo domingo, o Caderno Cultural analisará a obra de Odilon Redon e do norte-americano Countee Cullen
A partir do próximo domingo, os leitores poderão conferir na edição nº 660 de Causa Operária, duas matérias especiais analisando a obra de dois importantes artistas ainda em grande medida desconhecidos do grande público.

Um deles é o pintor francês Odilon Redon, autor de uma obra imaginativa, com grande ênfase em temas oníricos e fantásticos, que foi aclamado por escritores como Stéphane Mallarmé e Joris-Karl Huysman como o mais representativo pintor do movimento simbolista francês.


Autor de uma obra muito ligada à literatura, Redon transportou para suas telas, gravuras e desenhos, as interessantes imagens que tais leituras lhe inspiravam. A atmosfera irreal destes desenhos, produzidas a partir das obras de Allan Poe, Baudelaire, Shakespeare, dos mitos gregos, indianos etc., mais tarde seria encarada pelos surrealistas como precursora também de suas ideias, muito mais que qualquer outro simbolista.


Redon estava interessado em produzir obras que apelassem aos sentidos e à imaginação mais do que à razão. Estas ideias o levaram a desenvolver também técnicas originais de composição e colorização de suas telas, sob a influência de Gauguin.


É um pintor que merece ser conhecido, muito influente entre os artistas destes anos iniciais do movimento modernista na França, e parte daquele amplo movimento de oposição à Terceira República francesa então em fase de consolidação.


Além de Odilon Redon, neste Caderno Cultural há também um artigo apresentando a vida e obra do poeta negro Countee Cullen, uma das principais personalidades literárias da Renascença do Harlem.

Cullen, poeta precoce, escreveu a parte mais importante de sua obra ainda na faculdade. O lançamento de sua primeira coleção poética, Color, que alcançou enorme popularidade, inaugurou a etapa mais importante daquele movimento cultural, abrindo caminho para uma dezena de escritores negros publicarem suas obras nos anos seguintes.

Uma das características importantes da obra de Cullen foi justamente ter destacado o problema racial vivido pelos negros em seu país, falando em versos sobre a marginalização social, a pobreza, o isolamento do negro e o racismo do branco a partir do ponto de vista dos próprios negros. Esta tendência se revelaria uma constante em todo o movimento negro e foi um dos marcos fundadores da literatura negra como gênero em todo mundo.

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