sexta-feira, 13 de julho de 2012

Um olhar retrospectivo sobre os últimos 100 anos da arte no Brasil

Exposição reúne trabalhos dos principais artistas de todas as épocas no Brasil desde o início do modernismo até as tendências contemporâneas

O impossível, da escultora surrealista Maria Martins.
Estreou ontem em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer, a exposição 1911-2011 Arte Brasileira e depois, na Coleção Itaú, que reúne um conjunto de quase 200 obras, entre esculturas, pinturas, gravuras, desenhos, vídeos, instalações e outras peças produzidas pelos mais significativos artistas nacionais desde o pré-modernismo até hoje.

Entre os destaques da exposição estão trabalhos de Lasar Segall, Brecheret e Tarsila do Amaral, representantes da primeira geração do modernismo nacional. Da segunda geração há artistas como Flávio de Carvalho, representante de uma corrente mais experimental e vanguardista, próxima ao dadaísmo e ao surrealismo; e Cândido Portinari, principal pintor brasileiro da década de 1940.

Da década de 1950 há o primitivista Alberto da Veiga Guignard e a escultora surrealista Maria Martins. Das correntes racionalistas do mesmo período há trabalhos abstratos de Volpi e as maquinarias concretistas de Abraham Palatnik.

Entre os artistas das vanguardas brasileiras das décadas de 1960 e 70 está os neoconcretistas Lígia Pape e Amílcar de Castro e o artista “pop” Nelson Leirner.
Além desses artistas, estão inclusos na mostra trabalhos das gerações mais recentes da arte nacional, da década de 1980 aos dias de hoje.

Essa enorme variedade de artistas das mais diferentes orientações e técnicas, foram agrupados em seis módulos temáticos: A marca humana, agrupando os pintores figurativos do período de formação da arte moderna brasileira; Irrealismos, que reúne os diferentes nomes da tradição irracionalista, surgidos desde a década de 1930; Modos de abstração, que combina tanto representantes das correntes racionalistas quanto dos diferentes abstracionismos líricos; A contestação pop reúne artistas de diferentes tendências que incorporaram em sua arte objetos industriais, quadrinhos, etc.

Nelson Leirner, da série Clonagem.
Distingue-se, entre os grupos, pelo seu caráter heterogêneo, o segmento Na linha da ideia, combinando as mais diferentes criações “conceituais” das artes nacionais, dividida, por sua vez, em outros seis subgrupos: Arte e anti-arte, O juízo jocoso, Palavra imagem, Arte como arte, Pintura pós-pintura, Não objetos e anti forma. Não por acaso, Na linha da ideia é o grupo mais volumoso da exposição, reunindo 56 trabalhos. Isso porque as tendências apresentadas nesse módulo são as mais populares atualmente entre os meios artísticos nacionais, é a nova “arte oficial” no Brasil e no mundo.

O sexto e último segmento da exposição, Outros modos, outras mídias, agrupa, como o próprio título sugere, trabalhos também diversificados em holografia, audiovisual, animação e com softwares interativos, entre outros.

A exposição 1911-2011 Arte Brasileira e depois, na Coleção Itaú, permanecerá aberta à visitação até 19 de agosto. 

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