quarta-feira, 28 de março de 2012

Morre o escritor Millôr Fernandes aos 88 anos

Morreu na noite de ontem um dos grandes escritores brasileiros, Millôr Fernandes, que ao longo da vida dedicou-se às mais variadas atividades como jornalista, contista, dramaturgo, poeta, roteirista de cinema, artista plástico e tradutor. Ele foi vítima de uma falência múltipla dos órgãos e morreu no Rio de Janeiro, aos 88 anos. O velório do escritor está programado para amanhã, às 10h da manhã no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio. Seu corpo deverá ser cremado por volta das 15h no Crematório da Santa Casa.

Millôr Fernandes iniciou suas atividades no jornalismo e tornou-se conhecido escrevendo ainda na década de 1940 para a revista O Cruzeiro, onde a coluna Pif-paf, em que assinava com o pseudônimo Van Gogo, um embrião de seu trabalho satírico. Trabalhou em diferentes periódios e, em 1969, fundou o importante jornal de humorismo político O Pasquim.

Com suas peças da década de 1960, Millôr se constituiu como um importante pioneiro do movimento de renovação do teatro brasileiro que se consolidaria na década de seguinte. Nos anos 70, começou a se dedicar mais às traduções, adaptando dezenas de clássicos do teatro grego, inglês e francês, peças de Sófocles, Molière, Shakespeare, Brecht e Tennessee Williams.

Em 2011 o escritor sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico, e ficou duas semanas na UTI em estado grave. Ele foi mantido todo o ano passado sob internação, e o estado de saúde permaneceu delicado até sua morte, na noite de ontem.

Acompanhe os especiais do caderno de Cultura de Causa Operária

Ao longo do ano, o jornal Causa Operária publicará uma série de artigos no caderno de Cultura analisando em profundidade o significado tanto da Semana de Arte Moderna, quanto da fundação do PCB e do movimento tenentista

Neste ano, três acontecimentos da maior importância para a história brasileira completam 90 anos. São eles, a realização da Semana de Arte Moderna, a fundação do Partido Comunista Brasileiro e o Levante dos 18 do Forte de Copacabana. Todos os três, fatos marcantes que definiriam os rumos futuros da política e da cultura brasileira nos anos seguintes.

Os três acontecimentos estão também intimamente relacionados, pois são eles três manifestações distintas da Revolução Brasileira que se desenvolvia sob a crise da República Velha.
O surgimento do modernismo expressava a radicalização da intelectualidade burguesa; o tenentismo revelava a crise abertamente política e revolucionária que se desenvolvia no interior burguesia. A formação do PCB, por fim, revelava a crescente consciência de classe do operariado das grandes metrópoles industriais brasileiras. O PCB foi o principal resultado da experiência grevista acumulada no período anterior.

Buscando analisar mais profundamente o significado e o caráter desses três movimentos, o modernismo brasileiro, o tenentismo e o movimento operário, Causa Operária publicará ao longo do ano uma série de artigos teóricos.

Na edição de Causa Operária que está nas ruas essa semana, foi publicado um especial sobre os 90 anos da fundação do PCB. Fora esse especial, no caderno de Cultura está também sendo publicada, todas as semanas, a série 90 anos da Semana de Arte Moderna, acompanhando passo a passo a evolução do movimento modernista, desde os acontecimentos situados no período anterior à Semana de Arte Moderna, passando pelo evento no Municipal em si e os rumos futuros do movimento, que alcançaria seu ponto mais alto de radicalização dois anos antes de Revolução de 1930, com o Grupo Antropofágico.

Compre o jornal Causa Operária e acompanhe nossas séries no caderno de Cultura. Para adquirir seu exemplar basta entrar em contato conosco pelo e-mail pco@pco.org.br ou pelo telefone (11) 5584-9322. Enviamos para todo o Brasil.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Exposição censurada pela Oi foi inaugurada no MAM-RIO


Depois de três meses sem destino certo, a maior exposição já organizada das fotografias de Nan Goldin no Brasil está agora em cartaz no Museu de Arte Moderna carioca


Em novembro do ano passado correu entre a imprensa e as redes sociais a notícia de mais uma censura a manifestações artísticas. Dessa vez a vítima fora a mostra fotográfica da norte-americana Nan Goldin, figura conhecida no circuito alternativo da fotografia. Seria a maior exposição da fotógrafa já feita no Brasil.

Goldin atua desde a década de 1970 e desenvolve uma obra que é tida como uma verdadeira crônica do submundo de Nova Iorque nas décadas de 1970 e 80. Ela se especializou em fotografias tiradas com luz natural e caracterizadas por cores intensas. As imagens têm a atmosfera de um diário pessoal, apresentando retratos de mulheres espancadas, casais hetero e homossexuais, prostitutas, travestis, viciados em drogas e portadores de AIDS; flagrados em momentos íntimos, nus ou em cenas de sexo. Os trabalhos de Goldin obviamente têm um forte teor sexual, e foi precisamente por isso que ela acabou vetada pela empresa telefônica Oi Futuro, quando a mostra The ballad of sexual dependency estava para ser inaugurada em um dos centros culturais da operadora no Rio de Janeiro, o Oi Futuro Flamengo.

A repercussão do caso na época foi muito grande. Em redes sociais como o Facebook, em poucos dias mais de dez mil compartilhamentos foram realizados acompanhados de comentários de protesto e indignação.

A empresa não fez também qualquer questão de esconder suas intenções. Foi censura pura e simples. A diretoria da instituição reconheceu que cancelara a mostra em função da presença de fotografias de crianças nuas, o que, segundo eles, feria o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ou seja, a mostra da artista foi classificada como “pornografia comum”, sem maiores considerações.

Depois do incidente, mais uma demonstração da ditadura intelectual existente hoje no Brasil, a mostra ficou três meses encostada, sem destino certo. Foi apenas em função do escândalo provocado pelo caso que governo rapidamente aceitou abrigar a mostra no Museu de Arte Contemporânea do Rio. The ballad of sexual dependency poderá ser visitada até dia 8 de abril de 2012.




 
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Os antecedentes da Semana de 22, no jornal Causa Operária dessa semana

A estudante, 1917, obra de Anita Malfatti.
Na edição do jornal que está nas ruas, o Caderno de Cultura traz um artigo especial analisando dois fatos decisivos do período de formação do modernismo, os ataques contra a exposição de Anita Malfatti em 1917, e as polêmicas entre Oswald e Mário de Andrade na imprensa debatendo o caráter radical do livro ‘Pauliceia desvairada’

Por ocasião do 90º aniversário da Semana de Arte Moderna, que se completa em 2012, o jornal Causa Operária publicou essa semana o primeiro de uma série de artigos relativos ao modernismo brasileiro.

A intenção de lançar uma série especial sobre o tema se deve à grande importância do modernismo para a história nacional. Foi ele um dos acontecimentos mais decisivos da cultura brasileira e a mais profunda ruptura já ocorrida entre a tradição artística no Brasil.

Além do fato de o modernismo ter determinado toda a evolução posterior das artes após a década de 1920, ele foi um movimento indissociável do processo revolucionário que se desenvolveu no Brasil entre as décadas de 1910 e 30. A evolução do modernismo acompanha e coincide com diferentes episódios da revolução brasileira.

No primeiro artigo da série, 1917-1921: A direita declara guerra ao modernismo, analisamos dois episódios centrais para a formação do movimento modernista. A crítica literária oficial do modernismo ignora este fato, mas foram os ataques que os modernistas sofreram da burguesia oligárquica que os levou a evoluir em um processo de crescente radicalização ideológica, política e estética com o decorrer dos anos.

O primeiro desses ataques foi lançado contra a pintora Anita Malfatti durante a segunda exposição de suas obras em São Paulo, organizada em 1917. Tornou-se famoso o incidente envolvendo o artigo virulento de Monteiro Lobato contra a pintora. A violência e a truculência dos ataques de Lobato foram responsáveis por agrupar, pela primeira vez, os modernistas em torno de um objetivo comum: a defesa da nova arte. Fez também eles se darem conta de que havia uma ditadura ideológica estabelecida no país. Os jovens artistas perceberam que, caso quisessem exercer livremente seu trabalho, como experimentadores e renovadores artísticos, teriam necessariamente que derrubar a censura policialesca instaurada pelos oligarcas que controlavam a República Velha e seus policiais entrincheirados em todas as instituições nacionais.

É em torno da mesma questão que se desenvolveu outro incidente importante no modernismo anterior à Semana. As polêmicas entre Oswald de Andrade e Mário de Andrade na imprensa sobre o caráter da poesia vanguardista de Mário de Andrade. Pauliceia desvairada era ainda uma obra inédita, mas, após Oswald de Andrade publicar um dos poemas de Mário na imprensa, acompanhado de uma crítica elogiosa em que Oswald chamava o amigo de “poeta futurista”, Mário de Andrade tornou-se alvo de todo tipo de ataques, censuras e perseguições por parte dos conservadores.

Ambos os incidentes, analisados na matéria, marcaram uma radicalização dos modernistas, que se viram obrigados a reagir e se defender dos ataques direitistas e das calúnias que eram lançadas contra eles.

Ao longo do ano, os artigos publicados no jornal Causa Operária irão analisar alguns dos episódios centrais da progressiva radicalização do modernismo, suas obras, conquistas, e as diferentes ramificações da ideologia modernista, todas em relação com a revolução brasileira. Acompanhe nossos artigos, entre em contato e adquira o jornal Causa Operária. Você pode mandar um e-mail para nossa redação: pco@pco.org.br ou entrar em contato pelo telefone (11) 5584-9322. 

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quarta-feira, 7 de março de 2012

Estátuas e objetos do Império Romano são tema de exposição no MASP

Está em cartaz no Museu de Arte de São Paulo a exposição Roma: a vida e os imperadores, apresentando a estatuária de mármore, bustos, armaduras de guerra e objetos de uso cotidiano dos imperadores e da população romana em geral

 
Seis anos após a FAAP ter promovido sua exposição da estatuária grega em São Paulo, o mundo antigo é mais uma vez tema de exposição na capital paulista. Agora é a vez de Roma em seu período imperial, patrocinada pelo MASP.

A mostra itinerante, que foi exposta recentemente em Belo Horizonte, é composta por diferentes peças, que vão desde esculturas em pedra e metal, passando utensílios domésticos, decorativos, instrumentos de guerra, objetos ritualísticos, e peças comuns à vida cotidiana de Roma em geral. O objetivo da exposição é apresentar um retrato conciso da vida social romana em um período que se estende por certa de cinco séculos, entre II a.C. até III d.C., considerado o apogeu do Império Romano.

Roma – A vida e os imperadores é a mais importante exposição organizada pelo MASP nos últimos anos. Como se sabe, o museu tem vivido uma crise profunda em sua administração, com episódios deploráveis que vão desde a ameaça de corte da luz do museu até o roubo – com métodos dos mais banais, como o uso de um pé de cabra – de telas de Picasso e Portinari do acervo da instituição, obras, felizmente, recuperadas pouco mais tarde. Vale ressaltar também que, como parte do processo de sucateamento proposital do MASP, o governo tem investido pouquíssimo na instituição, que tem há vários anos uma administração “terceirizada”, privada. Daí também a magérrima programação de exposições anuais do museu.

Com essa mostra, o museu sai de um jejum que dura mais de um ano, em que ele promoveu apenas exposições fraquíssimas, de artistas sem grande interesse para o público em geral. Os melhores lances desse período foram as manjadas pinturas do próprio acervo do museu, cuja novidade, ou malandragem, era apresentá-las, não de forma cronológica, mas embaralhadas.
As peças presentes em Roma – A vida e os imperadores vieram de seis das principais instituições italianas a guardarem peças da antiguidade romana: o Museu Nacional Romano, o Museu Arqueológico Nacional de Florença, o Antiquário de Pompeia, o Museu Nacional de Nápoles, o Museu Arqueológico de Fiesole e a Galeria Uffizi. Daí se vê a importância dessa exposição, abrangendo uma grande variedade de peças que raramente poderiam ser vistas reunidas.

O critério da curadoria foi dividir a exposição em quatro diferentes módulos, organizados de forma cronológica. O primeiro deles é Entre César e Augusto: o nascimento do Império, que abrange o período de reinado dos dois líderes que marcam a transição da Roma republicana para a Roma imperial. Esse módulo é voltado principalmente aos artefatos militares de Roma, relativos às campanhas militares de César. Podem ser visto aí também muitas estatuárias marcando as vitórias romanas, como a Cabeça Colossal de Júlio César em mármore e as estátuas de Júpiter. Há também peças religiosas, como a da deusa Ísis; estátuas feitas por encomenda pessoal dos imperadores, como a de Lívia, esposa de Augusto; e estátuas relacionadas ao mito de fundação de Roma. Nesse ciclo, na parte referente ao mundo de Augusto, os objetos romanos são mais ligados à vida social da cidade, com monumentos comemorativos e utensílios domésticos e de trabalho dos funcionários ligados às instituições romanas.

O segundo módulo da mostra é Nero. Os objetos desse ciclo estão relacionados com a ideologia da classe dominante de Roma no período, uma época marcada pela opulência das camadas dirigentes, que se voltam totalmente à fruição. Nesse ciclo estão agrupados muitas joias romanas, cuidadosamente trabalhadas em ouro, prata e pedrarias diversas. Há também luxuosos objetos de uso cotidiano usado pela aristocracia romana, principalmente peças de uso feminino.
Há também um conjunto de peças ligadas à vida artística romana, como retratos, figurinos e máscaras do teatro romano.

O terceiro módulo da exposição é O apogeu do Império, que é também o período mais acentuado de cadência da sociedade romana. Nesse ciclo foram reunidas as espalhafatosas armaduras de gladiadores e diversos objetos usados nos espetáculos de Circo e do Coliseu. Há também diversos artefatos ligados à vida do comércio, retratos das paisagens urbanas de Roma, e retratos dos próprios imperadores romanos do período e de seus familiares. Entre os destaques desse módulo há três paredes de uma casa com afrescos de Pompeia.

No último módulo da exposição, Um Império multicultural, são exploradas as diversidades culturais do Império Romano, que, em seu apogeu, abrangeu três continentes, na Europa, Norte da África e Ásia. Há exemplos do sincretismo religioso dos romanos, com a introdução de novos deuses no panteão original, como Isis ou Mitra. Pode ser vista também na mostra a influência das tribos africanas entre os romanos, ou das comunidades asiáticas. Há, logicamente, diferenças significativas entre um romano do centro do império e um romano da periferia. A mostra procura destacar essas diferenças, e também as diferenças existentes entre um romano e um bárbaro.

A exposição Roma: a vida e os imperadores, permanece em cartaz no MASP até 22 de abril.

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terça-feira, 6 de março de 2012

Gravuras de Goya criticando a aristocracia espanhola são expostas em Curitiba

O sonho da razão produz monstros.
‘Os caprichos’ é uma das mais importantes séries de gravuras de Francisco de Goya. Um retrato alucinatório do s vícios e da decadência da monarquia espanhola poucos anos antes de ser derrubada pela Revolução Francesa

Estreou em janeiro no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, a exposição Os caprichos de Francisco Goya, apresentando esta que é uma das séries de gravuras mais importantes da obra do artista espanhol.

Os caprichos é composto por 80 gravuras executadas pelo pintor entre 1797 e 1799, usando técnicas de água-forte, ponta seca, água-tinta e buril.
A série é toda dedicada à sátira da decadente sociedade espanhola de finais do século XVIII, em particular da aristocracia, no período imediatamente anterior à invasão napoleônica sobre a Espanha.

São alvo da crítica de Goya, membros da nobreza e do clero espanhol, juízes, advogados, altos funcionários do Estado, etc. o artista destaca aí, a completa mediocridade da sociedade, o absurdo de sua ideologia, a hipocrisia, a vaidade e a pretensão dos ignorantes.

A série é formada por duas partes distintas. O início dela é marcado por retratos realistas e alegorias críticas da sociedade. A partir da metade da série, porém, a visão realista dá lugar às visões mais fantásticas, e um mundo recheado de monstros toma a cena nos trabalhos. São retratos delirantes que buscavam captar o absurdo de uma sociedade que definhava.

Nesses desenhos fica atestada muito claramente a ideologia do pintor, que, adepto dos ideais iluministas, lançou em Os caprichos, críticas ao fanatismo religioso, à Inquisição, às superstições do povo, criticou a ignorância generalizada da população, a brutalidade com que eram tratadas as crianças e condenou os métodos de ensino anacrônicos vigentes no País. Todas ideias procedentes do iluminismo.

A série foi chamada inicialmente Sonhos, e suas formas fantásticas buscavam mascarar e diluir as críticas do artista lançadas à classes governantes.

Um dos trabalhos mais famosos da série, O sonho da razão produz monstros, mostra Goya cochilando sobre sua mesa de desenho enquanto uma dezena de animais monstruosos surgem atrás dele, ao fundo da sala. Bem acima da cabeça do artista, uma coruja leva a ele um pincel para que Goya execute seus desenhos.

Essa gravura foi planejada para ser a capa da série, que viria com o título: “Sonho: 1º Idioma universal. Desenhado e gravado por Francisco de Goya. Ano de 1797.” A legenda inicial do desenho seria: “O Autor sonhando. A sua tentativa é apenas desterrar vulgaridades prejudiciais e perpetuar com esta obra de caprichos, o testemunho sólido da verdade.”

Ao longo da produção das gravuras, no entanto, Goya introduziu diversas modificações que tornaram menos claras suas intenções, e foi fixado o nome definitivo da série.

O trabalho foi um marco não apenas na obra de Goya – que, com Os caprichos, se afirmou definitivamente como um exímio gravurista, inaugurando também uma nova linguagem em seus trabalhos –, mas também no desenvolvimento da arte em geral, vindo a influenciar, nas décadas seguintes, um número substancial de artistas modernos. Artistas do romantismo, do simbolismo, do impressionismo, do expressionismo e do surrealismo encontraram diferentes qualidades nessa série de gravuras do espanhol.

A evocação que Goya fez de imagens fantásticas, bem como as muitas alusões aos sonhos, fizeram os surrealistas considerar o artista um legítimo precursor de suas ideias.

Muitos críticos chegaram a considerar também que Goya, pela forma como desenvolvera sua técnica, era um precursor legítimo da arte moderna.

Vale a pena conferir essa importante série do artista exposta na capital paranaense. O Museu Oscar Niemeyer fica na Rua Marechal Hermes, nº 999, no Centro Cívico. A mostra permanecerá em cartaz até dia 26 de abril.

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