Encerrada a Semana de 22, o grupo modernista inicia uma nova
etapa importante de sua atividade de agitação em prol da nova arte, no
número de Causa Operária que está nas ruas, analisamos a trajetória da
primeira revista literária da Geração de 22
No caderno de Cultura de Causa Operária que está nas ruas, trazemos a primeira parte do artigo O ano de 1922 depois da Semana: a consolidação do modernismo. Nela, apresentamos uma análise completa de toda a trajetória de Klaxon desde a fundação, até a edição final, publicada em janeiro de 1923.
A
intenção do artigo é destacar as consequências positivas que teve o
triunfo da Semana de 1922 para os artistas da nova geração. E a criação
dessa revista modernista foi sem dúvida um marco na evolução do
movimento.
Entre os destaques do artigo está a análise do manifesto inaugural de Klaxon,
em que o grupo apresenta abertamente seu programa artístico
internacionalista e seu compromisso em expressar seu próprio tempo, em
ruptura com as tendências do passado.
Além da matéria de análise, acompanha também a edição, uma série de fac-símiles das páginas de Klaxon,
com diversos poemas e artigos publicados na revista, as colunas
regulares, os debates, as resenhas de livros e comentários sobre o
movimento cultural brasileiro em 1922.
Esta é apenas a primeira parte do artigo O ano de 1922 depois da Semana: a consolidação do modernismo.
Na segunda parte, o foco da análise serão os dois principais livros
modernistas publicados em 1922, que são também os dois primeiros livros
do movimento: a coletânea poética Pauliceia desvairada, de Mário de Andrade, e o romance Os condenados, de Oswald de Andrade.
O
lançamento de ambas as obras era igualmente resultado da fermentação do
grupo modernista após 1922. O mais importante desses livros era Pauliceia desvairada,
que estava escrito desde 1920, mas Mário de Andrade só adquire
confiança para publicá-lo após o êxito da Semana. Junto aos poemas,
Mário acrescenta também um importante prefácio, o hoje famoso Prefácio interessantíssimo, que foi praticamente o primeiro
manifesto programático do modernismo de 1922, aos quais se seguiriam
muitos outros, como o prefácio de Klaxon, o ensaio A escrava que não é Isaura, também de Mário de Andrade, o Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, etc.
A partir do presente número da série 90 anos da Semana de Arte Moderna,
iniciamos uma segunda etapa de nosso especial, detendo-nos agora nos
acontecimentos que se sucedem à realização da Semana, anos de crescente
radicalização do movimento. Leia Causa Operária, adquira já seu exemplar e acompanhe nossos especiais.
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