sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mostra celebra centenário da morte de August Strindberg

 
O ciclo apresenta leituras dramáticas e adaptações das peças do dramaturgo sueco, além de espetáculos livremente baseados em sua biografia
Este ano se completa o centenário da morte do escritor sueco August Strindberg, romancista e dramaturgo, morto em maio de 1912.

Marcando a data, começa esse mês e se estende até novembro uma mostra teatral que leva aos palcos paulistas espetáculos inspirados pela vida e obra do dramaturgo.

Na mostra serão apresentadas quatro adaptações de peças de Strindberg, os dramas Dança da morte e Credores, a comédia Brincando com fogo, e a peça curta A mais forte.

Além dessas peças, estão presentes outros trabalhos inspirados na própria biografia do escritor. O Livro da Grande Desordem e da Infinita Coerência é uma peça performática criada a partir de fragmentos da peça Um sonho, e do romance autobriográfico Inferno de August Strindberg.

A noite das tríbades é uma adaptação inédita no Brasil do texto do dramaturgo Per Olov Enquist, sobre a vida e a obra de Strindberg, apresentadas a partir de um diálogo entre o escritor e sua esposa em um teatro abandonado enquanto tentam ensaiar a peça A mais forte.

O espetáculo Strindbergman é uma produção francesa que busca estabelecer uma aproximação entre o teatro de Strindberg e o cinema de Ingmar Bergman, ambos suecos. A peça une a encenação de A mais forte com imagens do filme Persona, de Bergman.
Outros eventos que terão lugar na mostra é a leitura dramática das peças O sonho e Dança da morte, e a realização de ensaios abertos da peça Credores.

Breve retrato de Strindberg

August Strindberg foi um dos mais importantes dramaturgos do final do século XIX, iniciador do teatro moderno na Suécia com sua peça de estreia, Mestre Olof, de 1872. Seu período criativo mais importante deu-se no final da década de 1880, após ele atravessar uma série de crises pessoais, período em que concebeu suas obras-primas, O pai, Senhorita Júlia e Os credores, que retratam conflitos amorosos. Os trabalhos de Strindberg, extremamente renovadores da linguagem teatral, mesclam uma linguagem naturalista com a imersão na subjetividade das personagens, obras consideradas precursoras do teatro expressionista. No final da vida, após um colapso nervoso, Strindberg iniciou uma fase que se aproxima do simbolismo, com criando peças como Sonho e Dança da morte.

Veja aqui a programação completa da mostra, que será apresentada em diferentes Sescs de São Paulo.

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