quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Novo documentário resgatará a importância de Mercedes Sosa

 
 Com estreia marcada para 2013, o documentário La voz de Latinoamerica busca contar a história de uma das expoentes maiores da música moderna latino-americana a partir do depoimento de dezenas de músicos que tomaram parte no movimento

Na década de 1960, Mercedes Sosa, em parceria com outros músicos argentinos, escreveu o Manifesto da Nueva Cancion, texto considerado hoje uma das obras fundamentais da cultura latino-americana contemporânea.  No Manifesto, aqueles músicos elaboravam um programa musical em defesa dos ritmos populares de seus países, e defendiam uma música política, de protesto, vinculada à luta dos povos do continente contra as ditaduras militares latino-americanas. Aquela proposta, em um curto período de tempo popularizou-se em um amplo movimento musical internacional que manifestou-se na Argentina, em Cuba, no Brasil, Chile, Venezuela, Colômbia, Uruguai e Peru, entre outros.

Mercedes Sosa foi um dos expoentes, dentro e fora da Argentina, desse enorme movimento internacional da nova música latino-americana, o mesmo movimento que levou ao surgimento da MPB no Brasil.

É essa história pessoal da cantora, associada ao movimento musical mais amplo que acontecia, que pretende contar o documentário La voz de Latinoamerica, que está agora em fase de pós-produção, tem estreia programada para o segundo semestre de 2013.
O documentário é dirigido pelo cineasta Rodrigo Vila, em parceria com o único filho de Mercedes, Fabian Matus.

O documentário conta toda a trajetória de Mercedes Sosa a partir de imagens documentais e entrevistas com dezenas de artistas que foram próximos da cantora, que foram influenciados por ela ou que tomaram parte naquele movimento. Entre os cantores que dão depoimentos sobre Sosa, estão Joan Baez, Chico Buarque, Julio Bocca, Simon Peres, Daniel Baremboin, David Byrne, Caetano Veloso, Sting e Shakira, entre outros.

Sobre o filme, comentou Fabian Matus: “Mercedes Sosa é minha mãe e será sempre a cantora de todos. Foi a militante e a artista; e ao mesmo tempo a que acariciava minha cabeça e meus sonhos, a que acompanhava meus medos, a que alimentou minha fantasia, a que estimulou meu trabalho. Essas duas mulheres, a pública e a privada, a figura internacional e minha mãe da intimidade, estiveram sempre juntas. É desse lugar privilegiado, pessoal e afetivo, que eu tratei de contar essa história”.

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