sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Gustave Courbet e o nascimento da pintura realista na França

No Quarto Caderno do jornal Causa Operária que já está nas ruas, por ocasião dos 140 anos da Comuna de Paris, apresentamos um especial analisando a vida e obra do grande pintor socialista e militante da Comuna Gustave Courbet, iniciador da pintura realista

26 de setembro de 2011


Os Britadores de Pedras, de Gustave Courbet
Na edição nº 657 do jornal Causa Operária que já está nas ruas, apresentamos um grande especial com a obra de um dos grandes mestres da pintura de todos os tempos, o francês Gustave Courbet.

Sua obra foi uma das pedras de toque do desenvolvimento da pintura no século XIX. Se algum artista poderia figurar como o principal precursor da pintura moderna, certamente seria Gustave Courbet.

O interesse de Courbet pelo mundo ao seu redor, pela sociedade de sua época, e pelos trabalhores mais miseráveis, levaram-no a conceber uma obra extraordinariamente revolucionária pelos caminhos que ela abriu.

Na juventude, Courbet rompeu com o neoclassicismo e o academicismo, as correntes oficiais da pintura francesa naqueles anos. Ele se opôs ao retrato de grandes personalidades da burguesia francesa e às grandes cenas de batalhas, seus próprios autorretratos românticos. Foi, porém, um período transitório de sua obra. A partir de 1848, influenciado pela grande revolução que toma conta da França, ele abandona para sempre o romantismo e desenvolve uma obra de caráter social, realista no conteúdo por seu desprezo pelas alegorias e idealizações românticas.

Homem com Cachimbo (Autorretrato).
Courbet defendia veementemente que o artista se detivesse naquilo que ele via, sem se preocupar em usar sua imaginação. Ele colocava assim um ponto final das pinturas alegóricas que eram um dos temas mais valorizado nas tradições pictóricas anteriores.

Com isto, o pintor introduz justamente o conjunto de temas que figurariam em todo o modernismo: o retrato de paisagens, cenas urbanas, da população comum, anônima. Em outras palavras, da vida real, experimentada diretamente pelo artista. Era toda uma nova mentalidade que se manifestava através destes temas, uma nova concepção do mundo e da tarefa da arte.

Courbet foi o artista mais importante da França ao longo de pelo menos duas décadas, execrado pela oficialidade por suas obras e suas ideias, mas amado pelas jovens gerações de artistas, movidos pelos ideais revolucionários e socialistas defendidos pelo pintor, que ao longo da vida, lutou nas barricadas ao lado dos operários de Paris em 1848 e 1871.

Ao final da vida, Courbet descobriu ainda um caminho para o impressionismo, tornando-se o principal precursor deste movimento. Artista sempre rebelde, sempre fiel às suas concepções socialistas, foi preso depois da Comuna, vindo a morrer no exílio.

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